Opa! Beleza?
Sempre me fazem esta pergunta, já falei com alguns fornecedores, fiz pesquisas e encontrei pouca coisa a respeito.
No geral o que a maioria dos fabricantes recomenda e o que eu costumo fazer e orientar meus clientes é para que o leash seja trocado (substituído) por no máximo a cada dois anos.
Esta orientação serve para quem usa ou não a prancha de surf.
Com o tempo o Fio de uretano vai ressecando e é bem provável que ele acabe trincando e se quebre. Isto mesmo, se divida em vários pedaços.
Além do Uretano, outras partes do leash podem se desgastar com o tempo, como os rotores ou giradores.
No caso dos rotores que são introduzidos nas peças injetadas, eles vão se desgastando de tanto girar e se desencaixam ou quebram.
E se for girador ele se rompe com o tempo.
Em todo caso, dê uma olhada na embalagem do fabricante e anote a data da compra para fazer um controle seguro.
Se você comprou o leash comigo, eu tenho esta informação em meus controles.
LEASH É SEGURANÇA
Minha sugestão é que você troque no máximo a cada anos o leash, usando ou não a prancha, assim você garante a sua segurança e dos demais.
Imagine só se o leash quebrar! Você terá que sair nadando e para isto precisar estar preparado física e mentalmente. Portanto, é melhor não se arriscar.
Sua prancha solta pode bater em outro surfista ou banhista e causar um acidente, por isso eu digo que o leash é a segurança do surfista e de quem está a sua frente.
A prancha pode parar nas pedras e se danificar dependendo da praia em que estiver surfando.
LEASH PRIMEIROS PROTÓTIPOS
Alguns dizem que os primeiros protótipos surgiram nos anos 30, mas foi em 1971 que Pat O’Neil, o filho de Jack O’Neil que inventou a nossa querida roupa de borracha, começou a desenvolver o modelo de uma forma mais aperfeiçoada.
No início Pat usava borracha cirúrgica, algo parecido com aquelas borrachas que chamamos de “tripa de mico” aqui no Brasil.
Nesta época um dos problemas era quando o surfista caia da prancha, a corda de borracha esticava e trazia a prancha com tudo podendo machucar o surfista.
Na imagem abaixo você vê Jack O’Neil, o pai de Pat que acabou perdendo uma vista por causa do impacto da prancha em seu rosto.
Outra curiosidade é que as “pezeiras”, aquela alça que fica presa no tornozelo era feita de um material de couro, bem diferente do material feito atualmente, o Neoprene.
Inicialmente o leash era preso na quilha da prancha, depois surgiu a pita e por ultimo o plug ou copinho que estamos acostumados a ver hoje em dia
A EVOLUÇÃO DO LEASH SURF!
Com o tempo surgiu o fio de uretano que é um material muito menos elástico e bastante resistente e acabou se tornando parte essencial no leash que conhecemos hoje em dia.
A FCS – Fins Control System que desenvolveu o sistema de quilha de encaixe, criou na sua linha de acessórios um leash bem diferente com novos compostos químicos levando a outro patamar o leash mais tradicional que conhecemos chamado de Freedom Leash, que segundo a fabricante é mais leve e mais forte do que os modelos tradicionais.
Vou deixar o vídeo para você ter uma ideia do que eu estou falando.
PARTES DO LEASH
As partes do leash são as mesmas em geral para qualquer tipo de prancha de surf e são elas:
Cordinha – é aquele fio de nylon que fica preso no copinho ou ralinho da prancha.
Protetor de rabeta – fica preso na cordinha de nylon por velcro e sua função como o próprio nome diz é de proteger a rabeta quando o surfista cai da prancha e acontece o tranco, geralmente a prancha continua em movimento com a onda.
Destorcedor – alguns chamam de rotor, esta peça pode ser injetada ou de nó como alguns dizem e sua função é fazer com que o leash não enrole no pé do surfista.
Pezeira ou Alça – É a peça que fica no tornozelo do surfista, geralmente é macia para absorver impactos, é composta por neoprene, nylon, espuma e outros componentes.
Fio de Uretano – Liga a pezeira que está no pé do surfista a prancha
COMO ESCOLHER UM LEASH
Temos diversos tipos de leash disponíveis no mercado com tamanhos e espessuras diferentes.
Primeiramente o que vai diferenciar a escolha é o tipo de prancha ele será usado.
Lembre-se que o leash dever ter no mínimo o tamanho de sua prancha, você pode se basear com no mínimo com 6 pés, este é o tamanho inicial que a maioria dos fabricantes disponibiliza.
- Se surfa de pranchinha, precisa de um leash de pranchinha
- Se surfa de Funboard, precisa de um leash de Funboard
- Se surf de Longboard, precisa de um leash para longboard
- E para sup (stand up padle) a mesma coisa.
Para cada tipo de prancha o leash tem um tamanho e espessura de uretano compatível e você precisa escolher um tamanho de leash de acordo com o tamanho próximo ao da sua prancha.
Outro fator que implica na resistência do material é o tipo de onda que vai surfar, talvez precise de um leash mais resistente. Um exemplo é o caso das ondas gigantes.
COMO CONSERVAR O LEASH
A forma correta de cuidar do leash é deixá-lo guardado esticado, sem estar enrolado na prancha ou mesmo sozinho enrolado.
Não sei se você já viu alguns vídeos do Gabriel Medina se aquecendo ou treinando e os seus leashs ao fundo bem esticados.
Outra coisa que precisa ser feita é lavar com água doce depois do surf e secá-lo a sombra.
COMO REVISAR O LEASH POR SEGURANÇA
- Checar o uretano para ver se encontra possíveis fissuras que poderão se romper com a força da onda.
- Checar o fio de nylon que fica entre a prancha e o leash, pode estar desfiado.
- Checar os giradores, podem estar desgastados ou emperrados, por serem de material abrasivo podem se soltar ou quebrar.
- Alguns tipos de leash tem parafuso nos giradores e precisam estar bem presos para não se soltar, portanto, reaperte!
- Você também pode esticá-lo um pouco para verificar se rompe algum ccomponente.
Gostou da dica?
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